SEMPRE QUE PRECISAR DE INSPIRAÇÃO PARA COLORIR SUA VIDA, VENHA AQUI ME VISITAR, PORQUE AFINAL UM POUCO DE ALEGRIA NUNCA FEZ MAL PARA NINGUÉM

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

A curva do "U"...

Estão surgindo muitas matérias que falam sobre a velhice. Que falam da solidão dos mais velhos. Eu penso que eu não vou sofrer muito não com a velhice. 

Acho que sempre fui uma alma velha, desde jovem. A solidão sempre foi uma zona de conforto pra mim. Eu me dou bem com ela. 

Tudo que eu mais gosto de fazer é solitário, então porque não gostaria da velhice? Vou ler adoidado, vou ver filmes adoidado, vou escrever adoidado, vou estudar adoidado. E nos intervalos vou dançar pra mim mesma adoidado.

Eu adoro enlouquecer sozinha. Eu aprendi a me divertir sozinha. E diversão pra mim é coisa levada à sério. Pra quem tem olhos generosos pra si mesma e pra vida, a velhice é o momento de liberdade de muita coisa. 

Por um lado, ela pode ser difícil, mas por outro ela pode ser uma benção. Depende dos nossos olhos. E os meus são ótimos, não desbotam, não perdem o colorido com o passar dos anos.

Ainda quero dançar muito ao som daqueles sucessos maravilhosos das décadas de 50, 60, 70. Também quero dançar muito ao som de Anita e Ludmila, porque não? E se me faltarem bons ouvidos, bons olhos e boas pernas, eu já estou preparada. Eu ouço, vejo e danço com o coração. Esse não envelhece nunca.

Em uma pesquisa foi dito que o pico de entusiasmo pela vida vai até os vinte, fica parado por quarenta anos e depois retorna por volta dos 65 anos, formando um "U". Quem trombar comigo hoje que se cuide, que estou começando a curva do “U”, pra cima de novo. 

Será que é "U" de último? Último papo, último whisky, último vinho, último gole, último sopro, último fôlego para dançar um último tango. Esse último tempo é o melhor dos últimos tempos!

Muitas rugas podem recordar momentos de alegria e não tiram a dignidade do rosto. (Ivo Pitanguy)

Nenhum comentário :

Postar um comentário