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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Tela "Serenata ao nascer do sol"...

Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste, sou poeta. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, não sei, não sei. Não sei se fico ou passo. Sei que canto. E a canção é tudo. Um dia sei que estarei mudo, mais nada. (Cecília Meireles)

Tela "Nem tudo são flores"...

A vida tem duas faces. Positiva e negativa. O passado foi duro mas deixou o seu legado. Saber viver é a grande sabedoria que eu possa dignificar minha condição de mulher. Aceitar suas limitações. Nasci em tempos rudes. Aceitei contradições lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo. Aprendi a viver. (Cora Coralina)

Tela "Ale"...

Se tu me amas, ama-me baixinho. Não o grites de cima dos telhados. Deixa em paz os passarinhos. Deixa em paz a mim. Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho, amada. Que a vida é breve e o amor mais breve ainda. (Mario Quintana)

Tela "Isa"...

Quando eu vi você tive uma idéia brilhante. Foi como se eu olhasse de dentro de um diamante e meu olho ganhasse mil faces num só instante basta um instante e você tem amor bastante.(Paulo Leminski)

Tela "É aqui que eu quero morar"...

No retrato que me faço, às vezes me pinto nuvem, às vezes me pinto árvore, às vezes me pinto coisas de que nem há mais lembrança. Ou coisas que não existem mas que um dia existirão. E, desta lida, em que busco, minha eterna semelhança, no final, que restará? Um desenho de criança. Corrigido por um louco. (Mario Quintana)


Tela "Bombinha de São João"...

Esperar por D. Sebastião, quer venha quer não. Grande é a poesia, a bondade e as danças. Mas o melhor do mundo são as crianças, flores, música, o luar e o sol. Que peca só quando, em vez de criar, seca. O mais do que isto é Jesus Cristo, que não sabia nada de finanças. Nem consta que tivesse biblioteca. (Fernando Pessoa)

Tela...Ora Bolas...

Um bom poema leva anos. Cinco jogando bola, mais cinco estudando sânscrito, seis carregando pedra, nove namorando a vizinha, sete levando porrada, quatro andando sozinho, três mudando de cidade, dez trocando de assunto, uma eternidade. Eu e você caminhando junto (Paulo Leminski)

Tela "Além do horizonte pode ter"...

É claro que a vida é boa. E a alegria, a única indizível emoção. É claro que te acho linda. Em ti bendigo o amor das coisas simples. É claro que te amo. E tenho tudo para ser feliz. Mas acontece que eu sou triste. (Vinícius de Moraes)

Tela "Bolas, doces e flores"...

Na véspera de nada ninguém me visitou. Olhei atento a estrada durante todo o dia mas ninguém vinha ou via, ninguém aqui chegou. Mas talvez não chegar queira dizer que há outra estrada que achar. Certa estrada que está, como quando da festa se esquece quem lá está. Fernando Pessoa )

Tela "Cabelo de Boneca"...

Mandei a palavra rimar, ela não me obedeceu. Falou em mar, em céu, em rosa, em grego, em silêncio, em prosa. Parecia fora de si, a sílaba silenciosa. Mandei a frase sonhar, e ela se foi num labirinto. Fazer poesia, eu sinto, apenas isso. Dar ordens a um exército, para conquistar um império extinto. (Paulo Leminski)

Tela "Crepúsculo dos Deuses"...

Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.Também escrevi em meu tempo cartas de amor, como as outras, ridículas. As cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas. Mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas. (Fernando Pessoa)

Tela "Olha que coisa mais linda"...

A vida é louca, um bando de raparigas em flor e está cantando em torno a ti: Como eu sou bela amor. Entra em mim, como em uma tela de Renoir enquanto é primavera, enquanto o mundo não poluir o azul do ar. Não vás ficar aí, como um salso chorando na beira do rio. Como a vida é bela, como a vida é louca. (Mario Quintana)

Tela "Tudo de bom"...

Escrevo. E pronto. Escrevo porque preciso, preciso porque estou tonto. Ninguém tem nada com isso. Escrevo porque amanhece, E as estrelas lá no céu lembram letras no papel. Quando o poema me anoitece, a aranha tece teias. O peixe beija e morde o que vê. Eu escrevo apenas.Tem que ter por quê? (Paulo Leminski)

Tela "Foi um rio que passou em minha vida"...

O meu amor, Maria. É como um fio aonde vêm pousar as andorinhas. De vez em quando chega uma e canta. Canta e vai-se embora. Outra, nem isso, mal chega, vai-se embora. A última que passou limitou-se a fazer cocô no meu pobre fio de vida. No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo. As andorinhas é que mudam. (Mario Quintana)

Tela "A menina que colhia flores"...

Saiu o Semeador a semear. Semeou o dia todo. Ele semeava tranquilo, sem pensar na colheita porque muito tinha colhido do que outros semearam. Jovem, seja você esse semeador. Semeia com otimismo. Semeia com idealismo as sementes vivas da Paz e da Justiça. (Cora Coralina)

Tela "Mais de mil palhaços no salão"...

Eu escrevi um poema triste e belo, apenas da sua tristeza. Não vem de ti essa tristeza mas das mudanças do Tempo. Que ora nos traz esperanças, ora nos dá incerteza. Nem importa, ao velho Tempo, que sejas fiel ou infiel. Eu fico olhando as horas tão breves. E das cartas que me escreves, faço barcos de papel. (Mario Quintana)


Tela "Quantas bolinhas você acha que tem?"

Não te deixes destruir ajuntando novas pedras e construindo novos poemas. Recria tua vida, sempre. Remove pedras, planta roseiras e faz doces. Recomeça. Faz de tua vida mesquinha um poema. E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir. Não entraves seu uso aos que têm sede. (Cora Coralina)


Tela "Travessia"...

Amar o perdido deixa confundido este coração. Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não. As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão. Mas as coisas findas muito mais que lindas, essas ficarão. (Carlos Drummond de Andrade)

Tela "Era um biquini de bolinha amarelinha"...

Tão bom viver dia a dia. A vida assim, jamais cansa tão só de momentos, como estas nuvens no céu. E só ganhar, toda a vida, inexperiência, esperança. Ea rosa louca dos ventos presa à copa do chapéu. Nunca dês um nome a um rio. Sempre é outro rio a passar. Nada jamais continua.Tudo vai recomeçar. (Mario Quintana)

Tela "Qual broche você quer?"

Impossível qualquer explicação: ou a gente aceita à primeira vista, ou não aceitará nunca: a poesia é o mistério evidente. Ela é óbvia, mas não é chata como um axioma. E, embora evidente, traz sempre um imprevisível, uma surpresa, um descobrimento.(Mario Quintana)

Tela "Ainda não sei"...

Ai que prazer não cumprir um dever.Ter um livro pra ler e não o fazer. Ler é maçada. Estudar é nada. O sol doira sem literatura. O rio corre, bem ou mal, sem edição original. E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal, como tem tempo não tem pressa. Livros são papéis pintados com tinta.(Fernando Pessoa)

Tela "Pretinho Básico"...

Impossível qualquer explicação: ou a gente aceita à primeira vista, ou não aceitará nunca: a poesia é o mistério evidente. Ela é óbvia, mas não é chata como um axioma. E, embora evidente, traz sempre um imprevisível, uma surpresa, um descobrimento.(Mario Quintana)

Tela "Borboletando"...

Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a tão aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim. (Drummond)