Gosto
de dizer palavras bonitas para alguém, mas depois de tanto tempo só eu e o meu
silêncio, hoje vou dizer essas palavras pra mim. Fazer um cafuné nesse meu
coração artista que já encosta sua cabecinha no meu ombro e chora por um
carinho.
Me perdoem, mas é hora de festa pra mim. Dos meus defeitos falo outra hora. Sensível demais, pensei se daria conta de escrever alguma coisa, já que me emociono com tudo. Com o meu jeito de ser, com o modo que eu vejo o mundo, com a forma que lido com as minhas lutas.
Do
meu jeito, gastei uma montanha de dias me esforçando para embelezar esse mundo
e sem fazer nada de extraordinário, mas fazendo tudo divinamente brilhante para
mim mesma. Fiquei enfileirando pelo caminho, como uma brincadeira de criança,
pequenas coisas feitas à mão, bordadas com fios de amor e dedicação.
Admiro
essa paciência que tenho comigo, esse jeito leve de não me deixar desistir,
essa determinação doce mas firme diante de um objetivo novo, esse meu jeito de
caminhar pela vida de mansinho, na ponta do pé, sem confrontos.
Gosto
de me gostar sem ter sequer um motivo muito especial pra isso. No fundinho eu
sabia que esse meu atrevimento de querer ser exatamente aquilo que eu sou, um
dia me levaria a algum lugar especial e saber o que é sentir paz na alma.
Todas
essas palavras para receber com um tapete vermelho lindão mais um sonho sonhado
que deixou as nuvens e aterrizou no meu jardim. Amarrada na cauda uma fila
indiana de palavras bordadas com carinho, ponto a ponto, uma atrás da outra.
Embrulhadinhas
na palha, como aqueles doces de leite mineiros, enfim chegou a vez delas
entrarem na passarela e desfilarem exibidas, jogando letras pra cá e pra lá. Se
deram as mãos no meio da paz e construíram um livro com um claro
recado..."Eu só quero falar de alegria".
Parabéns,
Bela! Com você agora é assim. O que a boca não consegue dizer, as mãos correm
para escrever. Parece até que seu coração é de um poeta de botequim.
Acenando
na porta com a mesma alegria de uma lua nova, você abre essa casa doce com teto
de poesia que construiu dentro de si e que se tornou um bom lugar para se
viver. Pra quem quer te visitar, agora você tem o que falar, pra quem quer de
ti saber, agora você tem o que dizer. O mundo pode, enfim, ouvir a música que
veio tocar.
Escrevi até demais durante um bom tempo. Agora é hora de desamarrar essas minhas idéias e soltar no
ar como balões pra quem quizer pegar. Se conectar com aqueles que também buscam
essa feliz inspiração, porque afinal os iguais sempre se encontram em alguma
esquina da vida.
Quem sabe essa energia atrai até mim o que sempre imaginei e
sonhei. Uma turma de gente leve, que gosta de cor, amante da vida e que só quer
se divertir. Gente com esse "lifestyle happy" onde quem comanda a
orquestra e dá o tom da festa é a criança que mora dentro de cada um de nós.
Eu
ajoelho no milho se preciso, pra continuar rezando a mesma cartilha de Chaplin.
A gente vive sem muita coisa, mas sem alegria não dá. "Se tivesse
acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que
teimo em dizer brincando. Falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei
da sinceridade da platéia que sorria." (Charles Chaplin).
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