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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Será que estou ficando indiferente?

”Tornar-se interessado na meditação e no mundo interior significa que não se está mais interessado nos problemas sociais que a humanidade enfrenta?”
Como estou muito focada na minha interiorização e evolução, me distanciei muito dos dramas do mundo e me fiz essa pergunta várias vezes. Será que estou ficando indiferente? Agora ela me foi respondida por Osho, no texto abaixo.⧪⧪⧪

É um momento em que você deve escolher. Você está colocando muita importância nos itens materiais, no ego e ficando preso em todo o drama do mundo, ou está focado em seu próprio crescimento e compreensão?

Confie que há uma razão para tudo o que acontece e se afaste das emoções negativas ou do drama dos outros. É o momento de terminar qualquer dependência que tenha em relação aos outros ou as suas situações e permita que eles sejam responsáveis por suas próprias ações, assim como você é responsável pelas suas.

Este resíduo da nossa crença do ego baseada nos medos, na falta e na limitação, levou não somente à extrema pobreza que assola as massas da humanidade, mas também aos níveis obscenos da ganância e da corrupção que estamos testemunhando em todo o mundo.

Seja grato, pois você tem muito a celebrar. Tome medidas para garantir a sua segurança e invista seu tempo e dinheiro com sabedoria. Concentre-se nos profundos sentimentos de paz e de felicidade e não se permita ficar preso nos medos ou preocupações, nos outros ou em sua própria vida. Veja a resolução de todas as dificuldades e apenas continue avançando.

Na verdade, antes de você abrir mão dos seus próprios problemas, você não tem a perspectiva certa para entender os problemas do mundo. Sua própria casa está tão confusa, seu próprio ser interior está tão confuso! Como você pode ter uma perspectiva para entender grandes problemas? Você nem sequer entendeu a si mesmo! Comece daí, porque qualquer outro início será um início errado.

Sim, há problemas, eu concordo. Há grandes problemas. Na vida encontramos a infelicidade, a pobreza, a violência, todos os tipos de loucuras – isso é verdade – mas, ainda assim, eu insisto que o problema está na alma do indivíduo. O problema existe porque os indivíduos estão vivendo um caos internamente. O caos total não é nada além de um fenômeno combinado: todos nós derramamos o nosso caos nele.

O Vietnã não surgiu de repente – nós o criamos. É o nosso pus que supura; é o nosso caos que custa caro. O início tem de ser com você: você é o “problema do mundo”. Portanto, não evite a realidade do seu mundo interior – essa é a primeira coisa.

Você pergunta: “Tornar-se interessado na meditação e no mundo interior significa que não se está mais interessado nos problemas que a humanidade enfrenta?”

Não. Na verdade só então a pessoa se torna realmente interessada. Mas o seu interesse será de um tipo totalmente diferente: você irá examinar as causas básicas dos problemas. Como você está, quando está interessado, está interessado nos sintomas. Você pode não concordar, porque não consegue enxergar a raiz, você só enxerga o sintoma. Um Buda está interessado – mas ele sabe onde está a raiz, e se esforça muito para mudar essa raiz.

A pobreza não é a raiz, a raiz é a ambição. A pobreza é o resultado. Você continua lutando contra a pobreza e nada vai acontecer. A raiz é a ambição; a ambição tem de ser extirpada. A guerra não é o problema; o problema é a agressividade individual – a guerra é apenas a acumulação da agressividade individual.

Você continua participando de passeatas de protesto, e a guerra não vai ser detida. Isso não faz nenhuma diferença – suas passeatas de protesto, e tudo o mais . E se observar os manifestantes, verá que a maioria deles são pessoas muito agressivas – você não verá paz em seus rostos. Elas estão prontas para brigar.

Passeatas de protesto pacíficas a qualquer momento podem se transformar em tumultos. São pessoas agressivas – estão mostrando sua agressão em nome da paz. Estão prontas para brigar; se tivessem poder, se tivessem a bomba atômica, soltariam a bomba atômica para promover a paz. É o que todos os políticos dizem – eles dizem que estão brigando para que a paz prevaleça.

O problema não é a guerra, e os Bertrand Russells não vão ajudar. O problema é a agressão que está dentro dos indivíduos. As pessoas não estão em paz consigo mesmas, por isso a guerra tem de existir. O problema não é a guerra; o problema é a neurose individual.

Mude a raiz – é necessária uma transformação radical; as reformas comuns não vão funcionar. Mas você pode não entender. Como eu estou aqui, continuo falando sobre meditação, mas você não consegue ver a relação. Não percebe como a meditação está relacionada com a guerra. Eu enxergo o relação, mas você não vê a relação.

O meu entendimento é o seguinte: se pelo menos um por cento da humanidade se tornar meditativo, as guerras vão desaparecer. E não há outra maneira de pôr fim às guerras. Esse tanto de energia meditativa tem de ser liberado. Se um por cento da humanidade – isso significa uma entre cem pessoas – se tornar meditativa, as coisas terão de ser totalmente diferentes.

A ambição será menor e, naturalmente, a pobreza será menor. A pobreza não está aí porque as coisas são escassas; a pobreza está aí porque as pessoas estão acumulando, porque as pessoas são ambiciosas. Se vivermos no agora, há o bastante; a terra tem o suficiente para nos dar. Mas nós planejamos adiante, nós acumulamos, e então surge o problema.

Viver o momento, viver no presente, viver amorosamente, viver em amizade, cuidar ... e o mundo será totalmente diferente. O indivíduo tem de mudar, porque o mundo não é nada além de um fenômeno projetado da alma individual.


Osho... em "Fama, Fortuna, Ambição" -

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