Dizem que o sucesso das redes sociais representa uma sociedade doente,
que busca se esconder em um personagem nesse palco que a vida se transformou.
Que é necessário coragem para se encarar e viver o que realmente somos,
dizer o que realmente estamos sentido. Fazer da rede uma extensão da vida real
e não o contrário.
Como toda regra tem excessão, eu fiquei fora da regra. Não é o que
acontece comigo. Socialmente eu sou uma outra pessoa. Visto o meu personagem,
subo no palco e digo a minha fala decorada.
Aqui eu vivo o que sou, digo o que penso, escrevo o que acredito. Aqui é
a minha vida real. Diz pra mim uma coisa. Em um mundo tão cinza, onde eu
poderia falar das minhas flores e das minhas cores? Em um mundo tão desiludido,
quem me ouviria dizer sobre otimismo, esperança, alegria de viver?
Eu seria apredejada e chamada de alienada. Beleza não cabe mais lá nesse
mundão. Mas cabe aqui nesse meu mundinho. Lá fora eu fico muda e me escondo. Aqui eu não me escondo, aqui eu me revelo. E deixo meu recado pra
Iemanjá levar.
Nietzsche já dizia que a arte é nada mais que a arte. Ela é a grande
possibilitadora da vida, a grande aliciadora da vida, o grande estimulante da
vida. Os profetas da Era de Aquário são os artistas e seus templos, as casas de
espetáculos.
Quem quiser saber o que o futuro reserva à humanidade, preste atenção
aos sons, aos versos, às artes visuais, à dança e ao teatro. Como um pavão
começando a abrir sua cauda de uma beleza sem fim, quando os artistas começam a
abrir o bico nossas esperanças aumentam. Só eles não nos deixam desesperar e
esquecer da maravilha de tudo.
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