Perdemos
muito tempo na vida com relacionamentos. A gente se enrosca nos outros, se
enrola nos outros, na vida dos outros, nas idéias dos outros, nas energias dos
outros. Nos perdendo no meio dos outros nos perdemos de nós mesmos.
É
preciso dar um tempo no meio dessa multidão desvairada para ter um tempo
solitário para evoluir, para aprender, para se conhecer. Isso só é feito no
meio do silêncio, no meio do vazio.
Homem
nenhum é só uma ilha e homem nenhum é só um continente. Às vezes, temos que
trocar a roupa urbana e vestir a paisagem de uma ilha deserta cercada de
silêncio por todos os lados.
Cuidando
de nós mesmos, damos esperança à humanidade, que bem sabemos, já não tem
nenhuma. Precisamos nos conectar com a nossa essência individual, com a nossa
própria verdade para saber qual é o nosso real tamanho.
Precisamos
de espaço para crescer, para expandir e encontrar a nossa melhor forma de estar
no mundo sem esbarrar a todo instante na forma do outro. A madeira trabalha e
quando não tem espaço, ela se curva, entorta e racha para se adaptar. A água
expande e quando é represada, ela se retrai e contrai para se ajustar. Ela se
torna um lago e não um oceano.
Nós
somos infinitos em todas as possibilidades. Não viemos aqui para ser um lago,
mas um mar aberto. "Se você não se tornar o oceano, vai ficar enjoado
todos os dias". (Leonard Cohen)
Às
vezes aceitamos meios relacionamentos, meios amigos, e nos tornamos uma pessoa
mais ou menos. Mais ou menos feliz, mais ou menos de bem com vida, mais ou menos
completa em si mesmo.
Então,
vivemos a vida com essas meias verdades, mais ou menos como gostaríamos. A vida
passa, ela não nos torna felizes e sempre nos questionamos porque as coisas não
podem ser como gostaríamos. Não pode porque o mais ou menos está bom.
No
fundo, escolhemos como no ditado, antes um pássaro na mão que dois voando.
Passamos a vida inteira com os olhos para baixo, tentando segurar esse pássaro,
controlando pra não perdê-lo. Nunca olhamos para cima, para o céu.
Os pássaros
voando é que nos carregam mais pra longe. Os pássaros soltos é que nos inspiram
vôos mais altos. Os pássaros livres é que nos fazem sentir mais confiantes para
viver a nossa mais pura liberdade.
Tenha
seu próprio espaço. Ache seu próprio caminho. Encontre sua própria alegria.
Busque seus próprios sonhos. Liberte o "outro" da obrigação de te
fazer feliz.
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