Na minha sala não...

Aqui no meu blog e nas redes sociais eu tomo muito cuidado com isso. Notícias escuras e movimentos estranhos hoje em redes sociais são um perigo. Eles podem estar dando mais força ao inimigo, funcionando como um despertador. 

Aquilo  que era para passar despercebido, de forma insignificante,  e acabar morrendo por si só, de fome, por falta de alimentação, ganha uma luz descomunal. Tem milhões de mentes hoje brigando por um lugar ao sol, disputando para ter quaisquer holofotes de mídia virados para eles. Tanto faz bons ou ruins. 

Qualquer meio de comunicação hoje está infectado de violência, de revolta, de abusos. E tudo continua crescendo de forma descontrolada. Propagar na midia de forma aleatória não tem sido uma solução eficaz. Não está dando certo.

Eu tomo cuidado com isso. Não é qualquer movimento de manifestação de protesto que me seduz. Nesse assunto tenho orgulho de ser seletiva respeitando essa minha crença de que se o mal não for alimentado pela mídia, ele morre de fome. 

                       

E só porque o ignoro não quer dizer que não sei de sua existência, que sou uma alienada. É só uma questão de não me identificar com ele, de não lhe dar forças, de não querer me compactuar com essa imagem de celebridade que ele está construindo com o excesso de exposição.

  

Não quero contribuir para isso, compartilhando notícias escuras, densas, de gente igual. Dando ênfase ao que falam, ao que fazem, como se comportam. Isso não é resultado de um ponto de vista irreal que não reconhece os problemas e dores da humanidade.

Só é o desejo verdadeiro de pertencer e compreender os outros através de sentimentos mais elevados. Só escolhi um outro caminho, o de dizer não a tudo isso à  minha maneira. Não dando a essas notícias de resolução baixíssima uma atenção especial, não as recebendo com cafezinho na sala de visitas de minha casa, como visitantes ilustres. Você não pode evitar que os problemas batam à sua porta, mas não há necessidade de  oferecer- lhes  uma cadeira. (Joseph Joubert)

Como “personas non gratas” são barradas mesmo. Não é por acaso que , impedindo a entrada, tem um armário pintado de alegria na porta e uma orquestra formada com leões de chácaras tocando músicas lindas que espantam qualquer coisa vestida cor de sangue.

Cada um tem a sua forma de rebelião. A minha forma de rejeitar o mau gosto, o incorreto, o medíocre, o impróprio, é não dando nenhum espaço a isso tudo. Tenho uma filosofia espiritual de vida que acredito que tudo que a gente dedica muita atenção, cresce. É como a mãe que, com sua imensa atenção, nutre o filho para vê-lo cada vez maior e mais gordinho.

Então, cuidado com que nutre, com o que alimenta. Isso pode crescer e virar um monstro, um gigante, tanto para o bem quanto para o mal. Quero lutar por um mundo onde a gente possa se sentir relaxado a cada amanhecer. E que o vento leve pra bem longe o que não me faz bem.