Eu te amo meu Brasil...

Meu Brasil amado! Podem falar o que quizerem de você. Podem te criticar, te chamarem de perdido, de fraco, de sem futuro, de tudo. Eu sei que muitas vezes esse amor fica meio balançado, eu sei.

É mais fácil amar o bem sucedido, o exemplar, o impecável, o forte, o perfeito, aquele que deu tudo certo. Mas eu te amo mesmo assim. Com todos os seus defeitos e dificuldades.

Eu sempre andei pelo mundo prestando atenção na música, na poesia, no humor, nas cores, nas pessoas. E o melhor disso tudo está aqui. A alegria, a esperança, o calor humano, tudo está aqui.

Não te abandono nunca e vou com você até o final. Cantarolando...”por nada eu me desfaço dos meus planos, nunca, nem que o mundo caia sobre mim, nem se Deus mandar, nem mesmo assim!”

É aqui que eu quero ficar e escolhi terminar meus dias aqui, no meio dessa confusão verde e amarela. Bom mesmo é estar em casa. Não quero viver em outro lugar. Para mim todos os outros são estranhos.

Aqui é o meu lar, aqui eu me sinto bem. Posso rir de mim mesma, tirar os sapatos que me apertam a vida, e jogá-los para o alto, sem medo de ser feliz. Já me disse há muito tempo que esse país me veste bem. É o meu número, apesar de tudo.

Aqui , um dia, eu posso sofrer, posso querer me pintar toda de preto cor de revolta e gritar pra todo mundo ouvir. Depois, em outro dia, eu posso querer sorrir, deixar passar purpurina verde e amarela no coração de tanta paixão. Eu posso querer me perder para depois me achar. Tudo isso que é viver.

Eu preciso ter sonhos sempre. Tenho uma estranha mania de ter fé na vida, de que um dia as coisas vão mudar, vão melhorar. Como já disse o filósofo alemão Lessing,  “esperar uma alegria tambem é uma alegria.” 

Não sei se vai dar tempo para ver esse gigante encantador criar coragem e espreguiçar desse sono interminável. Mas de onde eu estiver uma voz esperançosa vai estar sempre gritando no meu peito: EU TE AMO MEU BRASIL!

Não é porque temos problemas que destruímos nossa casa. Para amar não  se exige milhoes de motivos, não se exige que tudo seja simplesmente perfeito e nem precisa ter algum sentido.