Nós temos que jogar as sementes em solo fértil, onde tudo
nasce, tudo cresce. Estou curtindo muito semear sementes de beleza, arte e
espiritualidade aqui no blog. Devagarinho elas estão começando a brotar.
Estranho seria se eu não me apaixonasse por isso aqui, onde eu posso ter a minha praia particular, onde eu posso montar o meu altar de areia para rezar para minha santinha Santta Alegria.
Aqui o mundo fica
pequeno demais. Aqui a alma é poliglota. É perfeito para quem tem uma lua em
Sagitário e que se sente bem jogando a sua flecha bem longe, além do horizonte. É uma delícia receber gente nova do outro lado do mundo e
melhor ainda, meus pares, apenas aquelas que têm ressonância com a minha
frequência vibracional.
Tem tão pouco tempo que achei esse lugar e não sabia que aqui
poderia ser o meu lugar, que aqui poderia ser a minha praia. Amo isso aqui e
quem ama cuida. Não quero qualquer imagem, não quero qualquer mensagem. Quero
a excelência, quero o carinho, quero o esmero, quero o cuidado. Quero
maravilhar e ser maravilhada.
Fico sempre muito intrigada com isso. Quando alguém está
doente, passando por momentos mais delicados na saúde e coloca isso em sua
página virtual, sinto uma reação muito estranha da grande maioria das pessoas. Em suas postagens mais amenas, mais positivas, mais alegres,
mais "gostosas" vamos dizer assim, quase não existem curtidas ou
comentários. Em compensação, na postagem que fala do seu sofrimento existem
inúmeras curtidas e comentários.
Fico sempre me perguntando porque isso? Porque as pessoas se
juntam mais nos momentos mais tristes? Porque essa atração pelo sofrimento?
Porque essa necessidade de compartilhar mais a tristeza e menos a alegria?
É porisso que existe tanto sofrimento no mundo. A grande
maioria se reúne mais em volta dele, cultuando, celebrando, como se batessem
palmas. Como se ficassem de joelhos oferecendo ajuda e apoio para suportar o
sofrimento. Porque não ficam de joelhos oferecendo ajuda e apoio para
criar a alegria? Quando se coloca a maior atenção no lado triste da vida ele só
cresce. Cada vez mais.
Eu sinto que o sofrimento está em um pedestal e a alegria
jogada no subsolo, no sótão, nos bastidores. O lado alegre da vida nunca está
no palco. Ele é figurante. É invisível. Nem sabem que ele existe. Nem sabem que
é ele que cura.
Outro dia eu li um texto de um escritor com alguns conselhos
pra quem quer também ser um escritor e alcançar muitos leitores. Ele dizia que
não adianta você ficar falando de quanto que a sua vida é boa e de quanto que
tudo na sua vida é lindo. Não adianta você ficar falando só de suas alegrias e
poesias que ninguém está interessado nisso.
Ele disse que quem quer ser lido por muita gente tem que ser
vulnerável, tem que se abrir e falar das suas tristezas, das suas sombras, das
suas dores. As pessoas se identificam com isso e querem ouvir você falar sobre
as mesmas coisas que elas têm, que elas sentem. E dizem: "Nossa, ela disse
tudo que penso. Ela é gente como a gente".
Quando eu pinto, eu não quero pintar a dor do mundo. Quando
eu escrevo, eu não quero escrever sobre a dor do mundo. Eu não quero falar
sobre as coisas mais densas que as pessoas têm ou sentem, como o sofrimento, a
dor, a tristeza. De tudo isso elas já sabem muito, até porque o mundo não as
deixa se esquecerem disso nunca.
Eu quero falar sobre as coisas mais leves que as pessoas não
têm, não sentem ou já se esqueceram, como a luz, a cor, a alegria. E disso
ninguém as ajuda a se lembrarem. Mesmo que eu tenha só cinco leitores aqui,
mesmo que eu conte nos dedos o número de pessoas que estão interessadas nesse
meu papo de alegria, mesmo assim, é sobre ela que eu quero falar.
Todos temos dentro de nós a sombra e a luz, a tristeza e a
alegria. Se é para ser vulnerável, ao invés de ser com o lado sombrio, porque
não com o lado luminoso? Se é para se conectar, ao invés de fazer isso com o
fio da tristeza, porque não com o fio da alegria?
Dessa forma a luz acende, aumenta, cresce, expande e toma
conta de tudo. A energia muda e ao lerem algo sobre a alegria vão se identificar
com ela porque ela existe também dentro de cada um de nós. Vão dizer assim:
"Nossa, ela disse tudo que penso. Ela é gente como a gente".
Pra curar uma tristeza, beba alegria. Pra todo veneno há um
antídoto. Tudo tem um jeito. De um abacaxi, faça um Hawaí.
Se você houve um reggae, um Hula Hula, ou coisa parecida e não sente nada,
então já está morto. Aloha!
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