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terça-feira, 7 de março de 2017

UmaVida "A paixão nunca envelhece"...

Se eu tivesse que escolher uma só matéria para estudar a fundo nessa escola da vida, seria a auto-estima. Quem não se ama não ama a vida.
Quem não ama a vida não tem alegria de viver.
Em todas as etapas da vida, na infância, na juventude e na velhice, é ela que norteia nosso jeitão de encarar a vida. 
Mas agora vamos aos velhinhos. 
Velhice não é necessariamente solidão, como muitos pensam. 
É só uma outra etapa da vida, diferente, mais introspectiva, mais tranquila. 
A vida é assim. 
Os ciclos da vida são naturais e todos são belos se houver a sabedoria de aceitá-los. 
Velhice não é doença e nem tristeza, a não ser em alguns casos. 
Mesmo com o vigor físico comprometido, dá para se ter alegria de viver sozinho. 
Dá para ficar debruçada na janela da vida com um vestido todo colorido, com os olhinhos brilhando, toda alegre e linda vendo a vida passar. 
Nunca a poesia é tão necessária como na velhice. 
Não são os anos a mais que trazem amigos de menos. 
É o mau humor, a teimosia, a falta de alegria. 
As pessoas não mudam na velhice e passam a ser chatas e emburradas. 
Elas só cansam das suas máscaras e se revelam. 
Assim pioram o que sempre foram. 
O melhor mesmo é cada um cuidar da sua auto-estima antes da idade chegar, para sentir prazer de ficar só consigo mesmo. 
Parar de reclamar hoje para que isso não piore amanhã. 
Cuidar da sua alegria de viver quando jovem, para quando ficar velho essa alegria piorar muito e ficar ali cada vez mais agarradinha com você, sempre ao seu lado, fiel, lhe fazendo companhia nos momentos de solidão. 
É um prazer cuidar de quem conservou o seu entusiasmo pela vida e que tenta manter com humor seu restinho de autonomia e liberdade. 
O que é chato não é ser velho, é ser triste. 
Quem se abandona na vida não vive. 
Quem cultiva a alegria de viver não precisa ser cuidado pelos outros. 
Ele mesmo se cuida. 
Afinal, a paixão pela vida não tem idade, portanto ela nunca envelhece

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