Se eu tivesse que escolher uma só matéria para
estudar a fundo nessa escola da vida, seria a auto-estima. Quem não se ama não
ama a vida.
Quem não ama a vida não tem alegria de viver.
Em todas as etapas da
vida, na infância, na juventude e na velhice, é ela que norteia nosso jeitão de
encarar a vida.
Mas agora vamos aos velhinhos.
Velhice não é necessariamente
solidão, como muitos pensam.
É só uma outra etapa da vida, diferente, mais
introspectiva, mais tranquila.
A vida é assim.
Os ciclos da vida são
naturais e todos são belos se houver a sabedoria de aceitá-los.
Velhice não é
doença e nem tristeza, a não ser em alguns casos.
Mesmo com o vigor físico
comprometido, dá para se ter alegria de viver sozinho.
Dá para ficar debruçada
na janela da vida com um vestido todo colorido, com os olhinhos brilhando, toda
alegre e linda vendo a vida passar.
Nunca a poesia é tão necessária como na
velhice.
Não são os anos a mais que trazem amigos de menos.
É o mau humor, a
teimosia, a falta de alegria.
As pessoas não mudam na velhice e passam a ser
chatas e emburradas.
Elas só cansam das suas máscaras e se revelam.
Assim
pioram o que sempre foram.
O melhor mesmo é cada um cuidar da sua auto-estima
antes da idade chegar, para sentir prazer de ficar só consigo mesmo.
Parar de
reclamar hoje para que isso não piore amanhã.
Cuidar da sua alegria de viver
quando jovem, para quando ficar velho essa alegria piorar muito e ficar ali
cada vez mais agarradinha com você, sempre ao seu lado, fiel, lhe fazendo
companhia nos momentos de solidão.
É um prazer cuidar de quem conservou o seu
entusiasmo pela vida e que tenta manter com humor seu restinho de autonomia e
liberdade.
O que é chato não é ser velho, é ser triste.
Quem se abandona na
vida não vive.
Quem cultiva a alegria de viver não precisa ser cuidado pelos
outros.
Ele mesmo se cuida.
Afinal, a paixão pela vida não tem idade, portanto
ela nunca envelhece
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