Sessão Pipoca. Filme “Florbela”.
De vez em quando a gente pega uns filmes bem tristes, bem sofridos, cheios de dramas, só para ir dormir
com os olhos vermelhos de tanto chorar.
Florbela Espanca, que morreu de tristeza aos 38 anos de idade.
Repleto de boas
intenções e bela fotografia, o
filme conta a sua história em uma região rural.
Mas ela não consegue levar a vida
nesse ambiente.
Florbela é uma mulher
à frente de seu tempo, que se sente entediada e inquieta presa a um casamento
tradicional.
A vontade de ir mais além leva
Florbela à Lisboa, onde conhece as coisas do mundo da capital, como festas,
amantes, movimentos populares.
E encontra inspiração para os seus maiores poemas.
Quando o
seu irmão morre em um acidente, ela vê seu mundo desmoronar.
E só uma coisa pode
salvá-la: escrever.
Quando
estava infeliz, a poetiza escrevia melhor do que quando tentava a felicidade.
Depois dessas duas histórias trágicas, só me resta lembrar que disso eu não morro.
Se tudo correr bem com essa Bela aqui, que nem é poetiza nem
nada, deve morrer por volta dos cem anos.
Causa
mortis...alegria.
Que pena que a arte em geral, a escrita, a pintura, a escultura, faz tantos artistas tristes.
Pena mesmo.
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