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terça-feira, 15 de março de 2016

Filme "Coma água para chocolate"...

Sessão Pipoca. Filme "Coma água para chocolate". Que delícia de filme, sensual, caliente, poético, de querer passar o dedo e lamber. O filme conta a história de amor de Pedro e Tita e a história de ódio da mãe Elena.
Graças ao cuidado com o roteiro e a fotografia, o filme nos transporta para o mundo da cozinha de uma casa mexicana. 
Com todos os seus cheiros, sabores, suores e lágrimas. 
Sucesso de público e crítica no mundo todo, não é à toa que o filme foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro. 
Foi incluido na lista dos 100 melhores filmes do cinema mexicano, sendo  considerado até hoje um marco do cinema latino. 
Adorei essa história contada para Tita pelo médico apaixonado por ela. 
"Como vê, todos nós temos em nosso interior os elementos necessários para produzir fósforo. E além disso deixe-me dizer-lhe algo que nunca confiei a ninguém. Minha avó tinha uma teoria muito interessante: dizia que ainda que nasçamos com uma caixa de fósforos em nosso interior, não podemos acendê-los sozinhos porque necessitamos, como no experimento, de oxigênio e da ajuda de uma vela. Só que neste caso o oxigênio tem provir, por exemplo, do alento da pessoa amada. A vela pode ser qualquer tipo de alimento, música, carícia, palavra ou som que faça disparar um detonador e assim acender um dos fósforos. Por um momento nos sentimos deslumbrados por uma intensa emoção. Se produzirá em nosso interior um agradável calor que irá desaparecendo pouco a pouco conforme passe o tempo, até que venha uma nova explosão a reavivá-lo. Cada pessoa tem de descobrir quais são seus detonadores para poder viver, pois a combustão que se produz ao acender-se um deles é o que nutre de energia a alma. Em outras palavras, esta combustão é seu alimento. Se uma pessoa não descobre a tempo quais são seus próprios detonadores, a caixa de fósforos se umedece e já não podemos acender um só fósforo. Se isso chegar a acontecer, a alma foge de nosso corpo, caminha errante pelas trevas mais profundas tentando em vão encontrar alimento por si mesma, ignorando que só o corpo que deixou inerme, cheio de frio, é o único que podia lhe dar isso. Se alguém sabia disso era ela. Infelizmente tinha de reconhecer que seus fósforos estavam cheios de mofo e umidade. Ninguém podia voltar a acender um só."
Me deu uma vontade de gostar de cozinhar e ficar na beira do fogo. 
Se sou uma caixinha de fósforos, acendê-los um a um e manter o meu fogo interior aceso. 
Senão a gente mofa, embolora. 
Uma hora a cozinheira diz: "Coma, Tita, tristeza com pão é melhor." 
E aquele manjar dos deuses...codornas com pétalas de rosas...hummmm!!! 
E aquele final dos deuses...hummmmm!!! 
Não vou contar mais. 




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