Coco Chanel dizia assim..."A natureza lhe dá
o rosto que você tem aos 20. A vida lhe desenha o rosto dos 30. Mas, aos 50, é
você quem decide o rosto que quer ter". E depois dos 60?
Eu decido me encher de colares e de balangandãs pra enfeitar
o resto dos dias a que tenho direito. Eu decido tirar de vez o meu rostinho da passarela pra colocar no lugar um coração lindão pra desfilar.
Cheio de gratidão e de bem com a vida porque para o coração o tempo não passa jamais.
Ele nunca fica velho, cheio de rugas, muito pelo contrário.
Quanto mais idade, mais lisinho e esticado o coração fica, pra caber todos os amores que viveu a vida toda!
Leia esse texto de Eckhart Tolle...”O movimento de retorno”
É
precisamente através dos primeiros sinais de envelhecimento, de perda ou de
tragédia pessoal que a dimensão espiritual tradicionalmente entra na vida das
pessoas. Isto significa que o seu propósito interior só emerge quando o seu
propósito exterior cai por terra e a concha do ego começa a abrir-se. Tais
acontecimentos representam o início do movimento de retorno rumo à dissolução
da forma.
Na
maior parte das culturas antigas, deve ter existido uma compreensão intuitiva
deste processo, pelo que as pessoas mais velhas eram muito respeitadas e
veneradas. Eram repositórios de sabedoria e forneciam a dimensão de
profundidade, sem a qual nenhuma civilização pode sobreviver durante muito
tempo. Na nossa civilização, que se identifica totalmente com o exterior e
ignora a dimensão interior do espírito, a palavra «velho» tem sobretudo
conotações negativas. Equivale à palavra «inútil», por isso quase consideramos
um insulto referirmo-nos a alguém como velho.
Para
evitar a palavra, usamos eufemismos como «idoso» e «ancião». A «avó» dos povos
indígenas da América do Norte é uma figura com grande dignidade. A «avozinha»
atual é, na melhor das hipóteses, «querida». Por que razão são os velhos
considerados inúteis? Porque, na velhice, a ênfase muda do fazer para o Ser, e
a nossa civilização, perdida no fazer, desconhece o Ser. Pergunta: Ser? O que é
que se faz com isso?
No
novo mundo, a velhice será universalmente reconhecida e altamente reconhecida e
altamente valorizada como uma fase propícia ao florescimento da consciência.
Para aqueles que continuam perdidos nas circunstâncias exteriores da vida,
constituirá um momento tardio de regresso a casa, quando despertam para o seu
propósito interior. Para muitos outros, representará uma intensificação e um
culminar do processo de despertar.
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